Superação

Pelotenses participam das Paralimpíadas Escolares

Competição é o maior evento mundial para crianças com deficiência. Pelotas terá representantes em dois esportes

(Foto: Carlos Queiroz - DP) - Arthur Campos e Leonardo Mesko representarão o RS ao lado do técnico Ingo Stumm

Por Fernando Rascado
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A partir desta segunda-feira (21) até o dia 26 acontece em São Paulo as Paralimpíadas Escolares. Este é o maior evento mundial para crianças com deficiência em idade escolar, idealizado e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2009.

Em 2020, o evento não foi realizado devido à pandemia da Covid-19. No ano passado, o evento contou com mais de 900 atletas, de 25 Estados. As modalidades que disputam as Paralimpíadas Escolares são atletismo, bocha, judô, natação, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, taekwondo, futebol PC, goalball, basquete em cadeira de rodas 3x3, badminton, halterofilismo, futebol de cegos e vôlei sentado. Os jogos acontecerão no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro.

A edição deste ano das Paralimpiadas Escolares é considerada a maior da história, com mais de 2.600 participantes confirmados no evento.
A equipe do Rio Grande do Sul contará com a presença de cinco pelotenses na delegação. Três no vôlei sentado e dois no paratletismo. No vôlei sentado, o professo e treinador Ingo Stumm comandará a equipe ao lado dos seus alunos Arthur Campos e Leonardo Mesko, além dos atletas Derick de Moura de Viamão e de Taís da Costa Silva de Paverama.

Esta será a primeira seleção gaúcha de vôlei sentado. Ingo explica que a modalidade será adaptada para o mini vôlei, com quatro pessoas e de forma mista. O treinador também destaca que como nunca teve uma seleção gaúcha antes foi preciso procurar atletas para fechar um time, já que é difícil encontrar pessoas amputadas com idade escolar.

Sobre a participação nas Paralimpíadas Escolares, Ingo se mostra confiante em fazer uma boa participação mesmo com a pouca experiência da equipe. “A expectativa primeiro é fazer uma boa representatividade. Lógico que estamos treinando, queremos ir para as finais. A gente sabe que nesta modalidade São Paulo é mais forte, o Nordeste e também Santa Catarina.”

Leonardo Mesko, 17, começou a praticar a modalidade quatro meses atrás e já participará de uma competição de alto nível. “Eu pratico desde julho. Estou muito feliz, tentando dar o meu máximo. Estou com a expectativa alta, vamos tentar fazer história. Representar o Rio Grande do Sul será muito importante. Até pouco tempo atrás eu nem imaginava participar de tudo isso, foi muito rápido, estou bem feliz...Cresci bastante no esporte, com dedicação, me encaixei bem, gostei de participar do projeto”.

Mais experiente no vôlei sentado, Arthur Campos, 18, também diz estar animado em disputar a competição em São Paulo. “Vai ser nossa primeira competição nacional, temos uma boa expectativa. Temos um time que foi bem treinado, estamos bem confiantes, espero que de tudo certo, é mostrar o talento de cada atleta e vamos pra cima”. Sobre a possibilidade de título, o jovem mostra ter esperança em surpreender na competição, mesmo enfrentando potências pela frente. “Tudo é possível, vamos pra cima, a disputa contra São Paulo será difícil, mas vamos com fé e muita luta que pode dar certo.”

Já no paratletismo, Pelotas será representada pelo treinador e professor Huibner Machado e a atleta Dóris Santana, que também fazem parte da delegação gaúcha na competição. Dória correrá as provas dos 75m, 250m e 1.000m na categoria T11 (para atletas com deficiência visual total) sub-16 anos feminino. Essa é a terceira vez que ela disputa as Paralimpiadas Escolares. Na primeira vez, em 2019, Dória se sagrou campeã da prova dos 800m sub-14. No ano passado ela ganhou a prova dos 1.000m na categoria sub- 16. Para Huibner, a prova dos 1.000m é a maior esperança de vitória para a atleta pelotense.

Ingo, Huibner e os atletas fazem parte do Projeto Paradesporto Pelotas da Prefeitura.

Grandes nomes passaram pelas Paralimpíadas Escolares

Talentos do paradesporto brasileiro já passaram pelas Paralimpíadas Escolares, como os velocistas Alan Fonteles, ouro em Londres 2012, Verônica Hipólito, prata no Rio 2016, e Petrúcio Ferreira, recordista mundial nos 100m (classe T47); o nadador Talisson Glock, prata no Rio 2016; o jogador de goalball Leomon Moreno, prata no Jogos de Londres e bronze no Rio 2016; a mesa-tenista Bruna Alexandre, bronze no Rio 2016, entre outros.

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